terça-feira, 25 de outubro de 2011

Estado de movimento, estado de espírito!

Olá queridos leitores,


Escrevi um texto recentemento sobre o meu momento 'dançante', uma paixão antiga minha que estava um pouco esquecida. Tudo bem que não tem muito haver com a proposta do blog, mas pode ser um grande motivador para futuras viagens, seja um cruzeiro temático de dança de salão ou tango e milonga (ambos sonhos de consumo) ou até uma simples ida ao Rio de Janeiro para curtir um sambinha!

Espero que curtam..!

Beijos para quem passar por aqui!



Estado de movimento, estado de espírito

[ Sheila Peluso]



Provavelmente dançar é uma das formas de deixar o meu estado de espírito mais brando, suave e leve. Leveza essa que independe do peso do meu corpo, mas faz com meus movimentos sejam breve, tranqüilos e ao mesmo tempo desenhados.

Estar dançando em um salão, não é um simples estar lá. É a junção de uma série de sensações vindas dos sentidos que mal percebemos ou damos atenção, que vão desde a música, que claro é o principal, até os olhos se movendo rápido em cada passo diferente, o vento que eu mesma provoco que bate em meu rosto quando troco de posição, as sensações que me fazem realizar o 'certo' por conta do comando vindo de outra pessoa, e por fim o mais importante, os meus pés desenhando algo no chão.

Às vezes quando saio com pessoas que não dançam, em um lugar que toca música totalmente dançante, sinto que meus pés querem de alguma forma tomar conta de mim. Me vejo em pé, com as amigas sentadas olhando pra mim com uma cara estranha, enquanto meus pés a essa altura já estão totalmente no comando, com sede de dança.

Penso na sorte que tenho, primeiro por ter me permitido a dançar, porque até a alguns anos atrás, morria de vergonha por ser uma perna de pau, e acredite, dançava de forma muito feia, sem ritmo, sem compasso e sem menor noção....depois por possuir os elementos básicos, a possibilidade de ouvir e os pés para me mover.

E tem também o ritmo, e cada um consegue extrair de mim algumas sensações bem diferentes. Por exemplo: o samba, é um dos favoritos aos meus ouvidos, porém é aquele que me suga toda a minha dificuldade, é como se o samba dissesse: ei, to aqui pra te desafiar. O bolero é o mais doce e suave, mas se eu deixar ele esquecido por algum tempo, posso me perder nos meus passos quando me encontrar com ele novamente. O Forró é o que me diz, você é muito capaz, e não diria que é totalmente fácil, mas me ajuda bastante. O swing me diz que a gente deve ser feliz, porque os passos me lembram demais a felicidade, do tipo, vamos mesmo nos alegrar, afinal a vida é boa e deve ser bem vivida, assim como o cha-cha-chá me alegra. Por fim, o romântico tango, to sempre ouvindo, mas não é sempre que o quero desafiar, acho que no dato momento, prefiro apenas assisti-lo.

Dançar é sempre uma experiência nova, em cada passo, em cada ritmo, movimento do corpo que me dão sensações únicas, que eu provavelmente não saberia descrever de forma clara em um pedaço de papel. Isso sem contar a vertigem e tonteira, essa eu descobri a pouco, mas por mais que seja um ‘desequilíbrio’ meu, uma perca de sentido momentânea até que boa, não se assuste se me ver precisando me apoiar entre um giro e outro.

E tem mais desafios, a postura correta, os braços bem posicionados, a coluna que às vezes grita, ou gritava sei lá, mas a bem da verdade é que nem esses pequenos detalhes desagradáveis que vem e vão, me deixarão desanimar do aperfeiçoamento, afinal, porque deveria desistir de algo tão bom??

Por fim, sei que quando danço, seja de olhos fechados ou de olhos abertos, a meia luz ou em um salão cheio, sinto uma coisa muito boa. E tá, às vezes meu estado de espírito e meu corpo não ajudam, fico lenta, desatenta, e até piso nos pés do companheiro. Mas quando estou em um dia, em que está tudo em orbita, acho que faço um bom trabalho, e a dança tem tirado o melhor de mim.



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